Instalação de Roberto Freitas no SESC Pompéia
Exposta recentemente no SESC Pompéia, em São Paulo, a instalação Três, de Roberto Freitas revela a dança em um engenhoso conjunto de máquinas. O artista elabora um novo aparato para voltar ao tempo nos remetendo aos primeiros experimentos cinematográficos. Traz serpentine dance ao olhar contemporâneo. A construção da imagem em movimento nos remete ao praxinoscópio, máquina desenvolvida no fim do século XIX que resultou na invenção do cinema.
A precisão das máquinas é conseguida com o minucioso oficio da marcenaria aliado a uma complexa tecnologia. Os objetos, feitos por algoritmos programados, se movem e geram ruídos sonoros em tempo real. Com um pouco mais de atenção é possível observar o detalhe: uma pequena bailarina escapa ao tato, flutua na imagem com um sutil movimento, solto na luz, mas preso nas máquinas.
A instalação é resultado de uma parceria entre Roberto Freitas e a Companhia Flutuante, fundada em 2003 por Letícia Sekito. Vinculada à série de performances Fluxos em Preto & Branco, do Projeto Corpo em movimento, foi contemplada pelo 12º Edital do Programa Municipal de Fomento à Dança.